mardi 27 décembre 2011


"Um coração cheio,
em nenhuma outra paixão,
achará enleio..."


et la beauté tragique de ce mot, sans apostrophe ou lettre majuscule:

jaimais


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mardi 13 décembre 2011

Aviso



Gostaria de avisar ao (ev[en/ir]tual) leitor que acompanha as mais diversas postagens do blog, que devo me ausentar por um período de uma semana. Tenho certeza de que, forças renovadas, termino esta tradução de "Nos Cumes do Desespero" (do filósofo romeno Cioran) e volto a me dedicar a alguma poesia... Talvez uma tradução do Rim/baud/elaire (ainda que já existam aos montes). Sabe-se lá!

Qualquer dúvida, sugestão, pedido ou reclamação (a gente se esforça, mas a obra é eterna e o espírito é fraco), basta entrar em contato por aqui ou pelo gts.rafa@hotmail.com

Grande abraço e boa leitura!

Rafael.


vendredi 9 décembre 2011

Madame Bovary

texte écrit par les élèves Monique et Sérgio.

Réalisateur: Claude Chabrol



Le film “Madame Bovary” raconte la histoire d’une femme appelée Emma, qui décide de se marier avec le médicin Charles Bovary, afin de sortir d’une vie monotone dans la ferme de son père.

Après le mariage, la vie idealisée par madame Bovary est trés differente de sa routine. Pour cette raison elle commence à chercher la felicité avec d'autres hommes, des fêtes, des robes et des produits chers. Pas même la naissance de sa fille apporte le bonheur à sa vie.

Madame Bovary est une femme qui essaie d'être heureuse à tout prix, mais toutes ses actions lui causent des souffrances. Ses dettes devront être payées par elle et par ceux qui l'aiment.






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acerte

um coração preenchido
é como uma taça cheia
não adianta servi-lo
com o que quer que seja
antes que tenha sido
sorvida a outra certeza.


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jeudi 8 décembre 2011

Labor concreto


(clique sobre a imagem para ampliá-la)





& se não perceberam que poesia é linguagem & se não aprenderam com Poe & Mallarmé & Valéry sobre Mallarmé que poesia é linguagem & se não perceberam com Pound sobre Camões que poesia não é bem literatura & com Maiakóvski que a poesia só admite uma forma concisão precisão das fórmulas matemáticas & se não perceberam com Sousândrade & Oswald (João Miramar & Poesias Reunidas finalmente de novo na praça – que vocês estão esperando?) & com os poetas concretos que poesia é linguagem (& não língua) & que o que se costuma chamar de poesia chegou ao fim & se sequer perceberam que a palavra escrita é apenas uma codificação convencional da palavra falada & se ainda se preocupam com a correção ortográfica & não se aperceberam das novas realidades gráficas tipográficas magnetofônicas audiovisuais & se não perceberam isso muito menos vão perceber que a nova poesia nasceu sob os seus narizes por um descuido do sistema & esta revolução permanente é protótipo & não tipo & alimenta a invenção contínua da linguagem & chegou ao fim o que se costuma chamar de poesia & chegou ao começo a poesia concreta que eles tendem a não chamar de poesia & é explicável & ainda bem & Nathalie Sarraute chegou aqui & disse uma coisa exepcional & disse que uma coisa só pode ser considerada belo dentro de padrões já existentes & o belo só existe dentro de padrões & já estas coisas vão por nossa conta & você não reconhecerá o belo no signo novo é óbvio & a busca do belo conduz ao esteticismo & a busca do eidos belo é coisa de idiotas & alienados & o belo se existe só existe útil & momentaneamente na sociedade de consumo em massa por uma lógica estatística de preferência & se vocês quiserem as coisas muito bem explicadinhas nos seus mínimos detalhes nós não vamos fornecer & nós não temos feito outra coisa há mais de dez anos agora chega & se vocês quiserem para começar leiam a Teoria da Poesia Concreta provavelmente na Biblioteca Municipal de S. Paulo & se vocês detestam a poesia concreta procurem o verbete semantics na ençaiclopídia britannica para saber de mil formas de corromper os moços vide Pirandello Os velhos e os moços & uma delas é a defesa do verso & os moços defenderão o verso até a morte & tudo serve para defender o verso a começar pela psicologia ah o mistério da criação & a psicologia experimental que é a única que conta já partiu para a linguagem & a poesia experimental que é a única que conta é a linguagem das linguagens ao nível sensível como a matemática o é ao nível da lógica & lançam mão de tudo para salvar o verso ritmo linear lógica aristotélico-discursiva inerente aos sistemas linguísticos não-isolantes (as coisas muito bem explicadinhas…) & lançam mão do folclore outra vez que chato & se necessário lançarão mão da palavra nacionalismo & o que estamos vendo de novo em processo é a provincianização da cultura & não é à toa que certos trechos do Bicho lembram o Juca Mulato & que na capa da Revista Civilização Brasileira aparece aquele pescador típico dos velhos bons tempos & a rede de nylon não apodrece não precisa secar pesa sete vezes menos & os grandes países pesqueiros com barcos-fábrica e sonar para localizar cardumes são os primeiros interessados em financiar o nosso folclore… & mais a praga do neo-colonial nos móveis & imóveis & a praga de praxis concreto aguado & os críticos sociológicos são os novos gramáticos & João Gilberto foi mandado às favas & hoje nos deliciamos com A Banda & Disparada é claro que o consumo busca o seu leito natural na média comunicativa & Oswald mostrou que é possível radicalizar-se a média com Sócrates & Tarzan & que são revoluções sendo radicalizações da média? & tudo serve para salvar o verso & é preciso pensar em termos de VERSUS & Erik Satie realizou ao nível semântico-pragmático o que Webern realizou no sintático & da forma nasce a idéia disse Flaubert & a Teoria da Informação & Marshall McLuhan estão comprovando & é preciso distinguir entre conteúdo e significado para não parafrasear conteúdos já catalogados & sim criar SIGNIficados novos função de poeta & certa vez um bi-acadêmico poeta de “vanguarda” nos disse: o arco não pode permanecer tenso o tempo todo um dia tem de afrouxar & um dia vocês têm de afrouxar & nós: na geléia geral brasileira alguém tem de exercer as funções da medula e de osso &



Décio Pignatari

(Publicado originalmente em Invenção n. 5, ano 6, Dez. 1966-Jan 1967, São Paulo, Edições Invenção)

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mardi 6 décembre 2011

La peur

T'as peur. Oui, et ta peur
t'interdit le vol. Tu ne peux
ni aller, ni rester... Sous la lueur,
arrêtée, tu me sembles ceux
qui n'arrivent pas à pleurer;
comme si, au lieu des yeux,
demeuraient deux blocs de pierre,
où l'on lisait: LA PEUR.

Il n'est pas d'énergie
rester immobile devant le danger
par peur de périr.

Il n'est pas pas de beauté
rester insensible devant le désir,
par peur de céder.

L'Ange de la Mort est venu
trop tôt pour toi. Tu respires
encore, mais tu ne vis plus.

Mais de tout ça, le pire
c'est conclure comme j'ai conclu -
"je ne veux que son sourire."

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samedi 3 décembre 2011

Eu seio

Quando eu sei os
teus seios
entre meus dedos,
não permaneço
mais sóbrio,
mas bêbo
de tudo
o que soube -

e num arroubo
me faço mudo,
em meio à salgada
realidade molhada
de um choro doce
que aos olhos trouxe
o silêncio dito:


Quando eu sei os
...



"If the doors of perceptions were cleansed, everything would appear to man as it is, infinite..."
- William Blake

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Versão do poema em francês:

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jeudi 1 décembre 2011

Hiroshima, mon amour

texte écrit par les élèves Monique et Sérgio

Réalisateur: Alain Resnais



Le film “Hiroshima, Mon Amour” raconte l'histoire d’une femme française qui est une actrice, mariée et qui est née à Nevers, où elle a vécu un grand amour pendant la Seconde Guerre Mondiale. À Nevers, elle était jeune et elle est tombée amoureuse d'un soldat allemand, mort le derniére jour de la Guerre. Aprés 14 ans, elle va à Hiroshima pour jouer dans un filme qui parle sur la paix. Là-bas elle connait et tombe amoureuse d’un architecte japonais – fact qui symbolise l’experience d’un autre amour prohibé.

Le film est rempli de dialogues qui comprennent le passé et le présent, mélangeant la souffrance d'amour avec des souffrances causées par la guerre.



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Cinéma

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Je seins




Quand je sens
tes seins
entre mes mains,
je ne me sens
plus sain,
mais soûl
de tout
ce que j'ai su -

je ne suis plus
sûr de rien,
sauf du sel
mouillé du réel
d'un pleur doux
à l'heure où
j'ai pu dire:


Quand je sens
...



"If the doors of perceptions were cleansed, everything would appear to man as it is, infinite..."

- William Blake

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Version du poème en portugais:

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